segunda-feira, 21 de março de 2011

Veja com o que realmente importa: o coração

Acho que todos nós temos momentos em que sentimos que o mundo está de ponta cabeça, que verdades e alegrias tão sólidas para nós conseguem se dissolver no ar por entre nossos dedos. Na verdade, esse foi um fim de semana que eu me senti assim, me peguei olhando em volta e não encontrava nenhum apoio, como se os tijolos da minha estrada tivessem sido roubados por alguém sem alma e eu estivesse ali, a beira de um precipício.

Acho que como os momentos bons, os ruins também são passageiros, mas tem uma crença que eu acho muito maior que essa: creio que nós só sofremos até o nosso limite, alguns tem um limite imenso e outros, bem pequeno, mas sempre quando realmente nosso corpo, nosso espirito não tem mais forças para seguir em frente surge uma nova força, as vezes manifesta de formas bem inusitadas, como um amigo que há tempos não falava-lhe, ou presenciar uma situação que muda o seu humor, que desperta-nos para o que realmente importa, ou, como no meu caso, um texto como esse.

As vezes quando a certeza desaparece, quando a força se esvai e a esperança se esconde, algo reconfortante, cheio de paz e calor nos envolve e na verdade é simplesmente nós mesmos que despertamos para voltar a seguir o caminho pela estrada de tijolos.

domingo, 13 de março de 2011

Conhecimento

A cada dia conhecemos coisas novas, mas normalmente usando como base nossos conhecimentos anteriores, continuando a trilha que já começou a ser aberta mata a dentro. Mas e quanto ao conhecer algo realmente novo, algo que incomparável, algo do qual você nunca ouviu falar, mas por insistência, curiosidade ou sabe-se lá qual motivo você encara o desconhecido, busca desvendar horizontes inexplorados e aprende.

Conhecimento é uma zona adaptativa que exerce pressões sobre os indíviduos que buscam e quando esses atingem patamares sólidos do saber, ou grados tornam-se eletivos para viver no ambiente em questão.

Conhecer... conhecer...

terça-feira, 8 de março de 2011

Auxilio mútuo

Pessoas fazem academia, levantam peso para ganharem mais definições no corpo, mas ao verem um idoso na rua carregando uma caixa aumentam o som do seu iPod. Sorriem, brincam e se divertem entre os amigos, porém enquanto estão sós voltando para casa andam com a cara amarrada, cabeça para baixo sentindo-se cansado pelo exaustivo dia que teve. Quando pensamos que estamos fazendo favores, gentilezas, beneficiando os demais seja lá de qual forma, sentimo-nos como se estivessemos perdendo algo, gastando nosso tempo, desperdiçando nossos preciosos minutos de vida com alguém que nunca mais veremos na vida (ou talvez sim). Vi o texto e acho que precisava juntar a esse pensamento que tenho sobre ajudar os outros é nós ajudar também, pois fazemos parte de um todo...

Auxílio mútuo

Em zona montanhosa, através de região deserta, caminhavam dois velhos amigos, ambos enfermos, cada qual a defender-se quanto possível contra os golpes do ar gelado e de intensa tempestade, quando foram surpreendidos por uma criança semi-morta na estrada, ao sabor da ventania de inverno.

Um deles fixou o singular achado e exclamou, irritadiço:

- Não perderei tempo! A hora exige cuidado para comigo mesmo. Sigamos à frente.

O outro, porém, mais piedoso, considerou:

- Amigo, salvemos o pequenino. É nosso irmão em humanidade.

- Não posso, disse o companheiro endurecido. Sinto-me cansado e doente. Este desconhecido seria um peso insuportável. Precisamos chegar à aldeia próxima sem perda de minutos. E avançou para adiante em largas passadas.

O viajante de bom sentimento, contudo, inclinou-se para o menino estendido, demorou-se alguns minutos, colando-o paternalmente ao próprio peito, e aconchegando-o ainda mais, marchou adiante, embora mais lentamente.

A chuva gelada caiu metódica pela noite adentro, mas ele, amparando o valioso fardo, depois de muito tempo, atingiu a hospedaria do povoado que buscava.

Com enorme surpresa, porém, não encontrou o colega que havia seguido na frente.

Somente no dia seguinte, depois de minuciosa procura, foi o infeliz viajante encontrado sem vida numa vala do caminho alagado.

Seguindo a pressa e a sós, com a idéia egoísta de preservar-se, não resistiu a onda de frio que se fizera violenta, e tombou encharcado, sem recursos com que pudesse fazer face ao congelamento.

Enquanto que o companheiro, recebendo em troca o suave calor da criança que sustentava junto do próprio coração, superou os obstáculos da noite frígida, salvando-se de semelhante desastre.

Descobrira a sublimidade do auxílio mútuo. Ajudando o menino abandonado, ajudara a si mesmo. Avançando com sacrifício para ser útil a outrem, conseguira triunfar dos percalços do caminho, alcançando as bênçãos da salvação recíproca.


“O auxílio ao próximo sempre será o seu melhor investimento”. - Alex Cardoso de Melo
Retirado de: Meu Sonho Não Tem Fim


E eu continuo a Olhar as estrelas...